Matérias úteis

Você é um Controlador?

Acha que só você consegue fazer melhor? Cobra perfeição dos outros e de sí mesmo?

É uma pessoa crítica? É daquele que não deixa passar nada ao redor e quer saber de tudo o que acontece, mesmo que não esteja diretamente relacionado com a sua vida?

Você talvez faça parte dos Supercontroladores. Que são aqueles que precisam ter o controle de tudo para se sentir mais seguro.

“São pessoas que vivem numa insatisfação crônica com a vida”.

Esta tendência indica insegurança, uma dificuldade em lidar com os altos e baixos da vida. Por isso, quando tentam controlar as pessoas e as situações, estão produzindo uma ilusória sensação de que conseguem estar sobre o comando das situações para que não se sintam emocionalmente instáveis e vulneráveis. Isso pode parecer funcionar, mas apenas psicologicamente, pois precisarão exercer esse comportamento compulsivamente para alimentar essa sensação.

Os controladores têm mania de perfeição e não enxergam de forma realística os imprevistos. Precisam manter esse sentimento, para que as frustrações não os deixem sofrer. Porém o resultado disso é que vivem em constante estresse, ansiedade e consequentemente preocupados com o futuro.

Esse comportamento pode ter vindo da infância, através de uma educação mimada em que a criança manipulava os pais com suas chantagens, além de uma tendência da personalidade de ser supercontroladora.

Esta atitude também é um escudo de proteção de uma carência emocional onde a pessoa controladora associa que enquanto estiver no controle - não ficará sozinha, pois as pessoas precisarão dela sempre.

Quais seriam os prejuízos e os incômodos de uma pessoa assim?

- É que, além de se tornar uma pessoa um tanto chata, em querer monitorar tudo, também prejudica a ela própria. São intolerantes às frustrações de não ter satisfeitos todos seus anseios e por isso, essas pessoas terão muita dificuldade para se relacionar, sobretudo nas relações mais próximas – onde certamente projetarão todas as suas neuroses. Com isso, acabam se tornando pessoas arrogantes, encrenqueiras, ansiosas - e finalmente solitárias.

No setor profissional

A necessidade de controlar tudo é ruim no convívio social, afetivo, porém se estenderá na vida profissional, onde poderá trazer grandes prejuízos materiais e financeiros. Se o controlador for um chefe, a situação se torna mais complicada, pois ele se sentirá com o poder de manipular e até humilhar os subordinados.

Um supercontrolador chefe pode levar a comprometer o bom desempenho da empresa no âmbito dos negócios como também das relações humanas.

Criará um ambiente de desarmonia entre os colaboradores da empresa e a equipe passa a se acostumar em não tomar iniciativa, pois o chefe sempre criticará ou desaprovará a capacidade de seus membros.

Têm dificuldades em delegar, porque no fundo temem que os outros consigam fazer igual ou até melhor do que eles - e assim se sintam inseguros e não tão insubstituíveis.

Atualmente o índice de pessoas demitidas aumentou nos casos de chefes ou funcionários com essa caracterísitica controladora que leva a uma desarmonia na equipe. O comportamento está cada vez mais importante numa relação profissional.

Atitudes que solucionam

Eles precisam entender que estar no comando, significa confiar nas pessoas que estão nos cargos de confiança, afinal, se foram contratados para determinada função - é preciso que se sintam capacitados. A falta de confiança nelas não criará uma equipe vencedora.

É necessário que saibam que todos possuem habilidades próprias e quando depositamos confiança na equipe – motivamos a mesma a fazer o seu melhor.

Uma coisa que um supercontrolador precisa perceber é que não controlamos nada na vida, como pensamos. Um simples desejo como tomar um copo d’água, não nos garante que conseguiremos realizar este ato. Podemos não conseguir chegar até a torneira, por algum imprevisto, ou até a água ter acabado. Enfim, os eventos imponderáveis no meio do percurso podem alterar tudo que programamos.

Outro ponto importante é viver o momento e não ficar sofrendo por situações que ainda nem existem.

Precisam entender que a “Vida” é muito mais satisfatória e feliz, quando nos deixamos levar com mais flexibilidade, confiantes de que ela segue o seu curso, assim como nosso coração palpita, nosso cérebro funciona, enfim tudo no universo funciona natural e inteligentemente.

Saber que nossas vulnerabilidades fazem parte da evolução humana. São essas fraquezas que nos fazem crescer e amadurecer material, psíquica e espiritualmente.

Edson Salgueiro

Psicobiofísico, palestrante, escritor,

personal-professional coach